“Segurança em primeiro lugar” é uma unanimidade. Vale para a vida em geral, mas principalmente para ambientes de trabalho, pois muitos ofícios apresentam riscos maiores.

Você não precisa ser um profissional da segurança para estar atento a importância da segurança. Qualquer pessoa, independente da profissão, deve fazer para si algumas perguntas: o que estou usando e fazendo para prevenir acidentes?

E mais: meus acessórios de segurança são de qualidade? Cada condição de trabalho pede um equipamento diferente, impossibilitando generalizações.

O que eles têm em comum é a certificação de que os acessórios de segurança oferecem qualidade. De que vale, afinal, um equipamento ideal que não funciona como deveria?

A segurança no cenário brasileiro

Em muitos locais de trabalho, fala-se no uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Estes precisam atender a normas e leis específicas, contando também com a fiscalização de um técnico de segurança para garantir seu uso apropriado.

Os EPIs são acessórios que o trabalho veste para desempenhar sua função, evitando riscos maiores à sua saúde. Mas não esse é o único recurso. Acessórios de segurança também devem existir no ambiente como um todo, protegendo máquinas, estabelecendo distâncias seguras e controlando situações de risco potencial.

Para entendermos a gravidade da situação, no ano de 2013 o INSS registrou 717,9 mil acidentes em local de trabalho. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, a cada 15 segundos um trabalhador morre devido a acidentes ou doenças relacionadas com seu trabalho.

Para complementar, o mesmo órgão aponta que 153 trabalhadores sofrem acidente trabalhista também a cada 15 segundos. Ciente disso, como evitar acidentes? Primeiro, precisamos entender um pouco das suas causas.

Muitos desses acidentes estão ligados a falta do uso de EPIs, ou mesmo ausência de acessórios de segurança no ambiente profissional. Agora, existe outro fator importantíssimo, que muitas vezes passa despercebido: a qualidade.

O que você faz para garantir a qualidade dos seus acessórios de segurança do trabalho?

Que riscos um acessório de baixa qualidade pode trazer?

Em primeiro lugar, vamos entender o que faz um bom acessório de segurança. Ao restringir os riscos e diminuir acidentes, um bom EPI também aumenta a produtividade, fruto de melhores condições de trabalho.

Sem o equipamento adequado e em boas condições, não há promoção da saúde do trabalhador. Na linha de produção, por exemplo, existe o risco de cortes profundos e até esmagamento, pois o funcionário lida com máquinas pesadas.

Não apenas neste ramo, há locais que oferecem risco aos pulmões, como o caso de minas de extração. O escritório também tem seus riscos: imagine quantos problemas de coluna podem surgir apenas a partir da utilização de mesas e cadeiras inadequadas?

Muito se fala em EPI, mas a verdade é que ele não deve ser a primeira opção para proteger o trabalhador. Pelo contrário: essa é uma última alternativa, útil apenas depois do esgotamento de todas as demais medidas de proteção coletiva.

Isso significa que o ambiente de trabalho também precisa proporcionar equipamentos de segurança de qualidade. Mas quais os maiores riscos de lidar com acessórios de qualidade duvidosa?

Um dos problemas é a falsa impressão de segurança. Ao utilizar um EPI adequado, naturalmente nos sentimos mais livres para desempenhar nossa função de forma sossegada. E se esse EPI falhar?

Dificilmente contamos com os problemas recorrentes de um equipamento de má qualidade, mas a verdade é que eles podem elevar ainda mais os riscos de acidente.

Quando um acidente ocorre, a baixa qualidade do equipamento de segurança pode colocar em risco a vida do trabalhador. Imagine você utilizar um capacete que não passou nos testes de resistência? Ou um protetor de ouvido que deixa o ruído vazar?

Segurança do trabalho pode ser um assunto delicado. Por isso, para garantir essas questões importantes contamos com um Certificado de Qualidade.

Certificado de qualidade

Qualidade é uma questão de responsabilidade. Garantir a qualidade dos acessórios de segurança é obrigação dos supervisores e da empresa como um todo, assim como promover a conscientização para o seu uso adequado.

Para certificar essa qualidade, uma pesquisa prévia se faz necessário. Fique atento à reputação do fabricante no mercado, principalmente em relação ao Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e do Emprego.

À risca, nenhum equipamento de proteção pode ser vendido sem essa certificação de qualidade. Conhecida como CA, ela conta com uma numeração emitida pelo órgão atestando a qualidade e funcionalidade dos equipamentos.

Isso significa que os equipamentos passaram em todas as baterias de testes que simulam as situações que o trabalhador pode encontrar durante sua jornada profissional, conforme padrões INMETRO.

Nos testes, investiga-se matéria prima utilizada, nível de proteção, conforto e a facilidade do uso. O CA tem prazo de validade, necessitando fiscalizações com frequência.

Equipamentos mais utilizados

Os acessórios variam de acordo com o risco e a atividade, mas existem certos itens básicos frequentemente usados em diferentes campos. São eles:

Proteção para os olhos

Falando em rosto, um dos pontos mais sensíveis do nosso corpo são os olhos. Naturalmente, eles também correm verdadeiros riscos em ambientes que envolvem partículas, faíscas, elementos químicos, raios ultravioletas, etc.

Para isso existem máscaras apropriadas que contam com viseiras ou mesmo óculos de segurança, variando de acordo com a função.

Abafador de Ruídos

Danos aos ouvidos são comuns em diversos ambientes profissionais e muitas vezes as pessoas não levam esse fator em conta. Em linhas industriais, o barulho elevado pode trazer danos permanentes caso o equipamento ideal não seja utilizado.

Nem sempre é possível promover isolamento acústico para prevenir isso, então se faz necessário a utilização de protetores auditivos, como abafadores de ruído e tampões.

Protetor respiratório

A qualidade do ar depende da ausência de determinadas impurezas. Existem trabalhos, porém, onde o contato com elementos químicos, poeiras e demais detritos compromete esse ponto.

Para evitar irritações respiratórias e até doenças graves, é preciso promover o uso desde máscaras simples até respiradores autônomos.

Protetores de mãos e braços

Nas áreas das mãos e braços, os riscos mais comuns são: partículas químicas, queimaduras, cortes, acidentes mecânicos e elétricos.

Para os superiores, os EPIs indicados são as luvas. O material utilizado para a sua confecção, é claro, varia de acordo com o nível de proteção necessária. Além disso, contamos com cremes desenvolvidos para proteger suas mãos e braços de abrasivos e compostos químicos, agindo como uma luva invisível. Bacana né?

Protetores de pés e pernas

Assim como braços e mãos, pés e pernas também podem estar vulneráveis. Sapatos especiais são apropriados para diversas atividades, sendo eles coturnos ou botas para proteger de riscos mecânicos, químicos, biológicos e elétricos.

Veja algumas opções de calçados separados por seus materiais e uso:

  • Couro contra umidade, torções, arranhões ou picadas de animais venenosos;
  • Borracha contra produtos químicos;
  • Perneira de segurança contra objetos cortantes.

Proteção para o corpo

Para proteger o corpo de faíscas, compostos químicos, evitar queimaduras de diversos tipos, conte com aventais industriais! Foram elaborados com tecido de alta tecnologia, visando a proteção frontal do corpo para quem lida com abrasivos e corrosivos, além de muitos terem proteção à chamas.

Proteção contra quedas

Não podemos esquecer dos trabalhos que lidam com altura, muito comuns no setor da construção civil. Nesses casos, é preciso garantir que o funcionário esteja sempre bem conectado ao ponto de ancoragem.

Pode-se utilizar cintos de segurança, talabartes, dispositivos trava-queda e mosquetões para evitar riscos.

Em resumo

É claro que cada situação pede um acessório de segurança específico. O que não podemos é deixá-los de lado, arriscando a saúde daqueles que desempenham sua função profissional.

Cada equipamento deve ser mantido em boas condições, contando sempre com o Certificado de Aprovação do órgão competente. Assim, não apenas a saúde do trabalhador é preservada como também a qualidade do serviço e a reputação da empresa como um todo.